sexta-feira, 17 de agosto de 2012


" Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo"
              Carlos Drummond Andrade






[Imagem registrada por Mike Wells em 1980 em Karamoja, Uganda. Mão de uma criança faminta sobre a mão de um missionário que estava no país ajudando a população. Ganhou um prêmio de imagem do ano e Wells alegou sentir-se envergonhado pois não havia entrado em nenhum concurso, muito menos para ganhar um prêmio com fotos de pessoas que estavam a morrer de fome. A imagem também foi usada em uma capa de disco do grupo punk Dead Kennedy´s, mais exatamente no disco Plastic Surgery Disasters de 1982. Hoje em Uganda pessoas ainda morrem de fome.]

sábado, 11 de agosto de 2012


A época que tapar os olhos com a palma das mãos te tornava invisível.
E porque é que quando a gente tem muita dúvida a gente fica triste? Não pode ser só estado emocional 'Em Dúvida', tem que vir a tristeza no mesmo pacote?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Era uma casa muito engraçada, não tinha porta, não tinha nada.

E ela tinha um diário que nunca abria dentro de sua casinha dourada, sim ela tinha uma linda casinha dourada e vez por outra comprava pedrinhas com brilho de cores diferentes para enfeitar, todos elogiavam sua casinha, havia sido um lindo presente, mas não tinha porta. Uma casinha sem porta. Parecia tão vulnerável e sem cara de casa, por que casa de verdade tem porta,não é mesmo? Ela sentou no primeiro degrau da fachada de sua casinha e chorou tanto, tudo que ela precisava era de uma porta, foi quando teve a ideia...
- Eu mesmo farei uma porta!
E a alegria foi tanta que ela correu atrás de todos os materiais. Ela tinha a madeira e até o metal pra uma linda maçaneta, mas não adiantou nada, afinal ela não sabia construir uma porta e especialmente uma porta bonita como ela queria. E ela chorou de novo, agora dentro de sua casinha dourada que nem era tão bonita.
Ah, poxa! Ora bolas, ela só precisava daquele moço lá, o senhor Marceneiro e seria feliz...

"CLAP CLAP CLAP! Oh de casa, posso entrar?"

domingo, 5 de agosto de 2012

Depende

Mas, é que o tempo é tão engraçado, quando a gente junta um bocado dele aprende um tanto de coisa! Tipo que ele não para de ser distribuído; que não existe nada palpável totalmente bom ou mal  no fundo tudo é um  tanto dos dois; que o medo, na verdade, é só uma questão de encarar as coisas com os pés, não com os olhos; que a mania do imediatismo é uma desatenção a perspectiva e as vezes a gente nem sabe o que quer e ainda acha que sabe o que é melhor; que a cobrança que mais te comprime vem é de dentro e que pior que manter a máscara é não se conformar com que ela só funcione pra fora; que talvez a gente seja mesmo - assim como ela outro dia pensou - um quebra-cabeça com peças faltando e nem por isso paramos de viver. E porventura Einstein pode ter razão, uma noite e uma vida podem ser o mesmo dependendo do protagonista.